Em Construção Apartamento
Actuando como uma herança, o património permite perpetuar o passado, tornando-se uma espécie de código urbano, que atribui identidade aos locais aonde se inserem. Cada centro urbano, vive essencialmente do que tem para oferecer. Ponte de Lima tem de fato um carisma muito especial, que a torna quase “obsessivo” para quem nela reside e para quem a visita.
No núcleo urbano central (Praça de Camões), a vivência é permanente e agradável, porque Ponte de Lima, transformou-se desde sempre, numa espécie de epicentro da afabilidade das gentes minhotas. O desenvolvimento urbano e social não afetou o seu carácter, antes pelo contrário, enfatizou-o, ao ponto de existir uma constante procura para nela residir permanentemente, mesmo quando os interesses profissionais dessas gentes que a procuram, permanecem distantes.
Ponte de Lima, apresenta uma série de edifícios que contam a própria história portuguesa (Vila com foral mais antigo de Portugal). Os edifícios são imagens consolidadas deixadas pelo tempo que “contam” histórias das vidas das sucessivas populações que nela residiram.
Primeiro uma muralha, como elemento protetor de uma sociedade burguesa que nela residia. Posteriormente a construção de edifícios de uma classe média que se foi instalando ao longo das artérias, resultado de um emparcelamento evolutivo, que ia definindo o desenvolvimento urbano de Ponte de Lima. Com uma sociedade em permanente crescimento, levou a uma expansão da vila, em todas as direções, “escondendo” de alguma forma, o perímetro que configurou o seu início como aglomerado.
O carater desta intervenção assenta na conservação das preexistências no contexto da malha urbana e do conjunto urbano como redatores do tempo e das suas memórias. A rua não deverá constituir-se num local de passagem de gentes, quase sempre apressadas, deverá ser antes um local de permanência, em que a luz dos seus vãos promova a policromia noturna dos espaços confinantes.
Em todo este contexto urbano, inserem-se dois edifícios, objeto desta intervenção, os quais contextualizam a história urbana da vila. É imprescindível que os edifícios ganhem novamente presença. Uma imagem que os recoloque num contexto globalizante em termos urbanos e apetecíveis em termos de uma nova vivência, em face da crescente procura de habitação.
Conservar o património arquitetónico, implica interagir sobre ele, não deixando que o tempo o faça desvanecer por completo, pelo contrário, é fundamental recuperá-lo, torná-lo útil, permitindo que se adquira uma presença ativa na própria imagem do centro urbano, caso contrário deixa de fazer sentido falar-se em património coletivo.
Das preexistências, o objetivo primordial, será conservar e recuperar as suas características originais que ficaram do passado, como é o caso da composição das suas fachadas, dos seus vãos, do rigor quase escultórico dos granitos que as compõem, do “filigrana” na composição das guardas das varandas, das cornijas ornamentadas, da afirmação de um saber empírico dos seus construtores e em simultâneo atribuir-lhe algo de novo que as enquadre no presente, através de espaços interiores moldados para uma vivência de uma sociedade esclarecida e exigente.
BREVE DESCRIÇÃO
Os dois edifícios objeto desta intervenção, um existente a recuperar, outro a construir de raiz, ligados entre si por cave destinada a garagens privadas das habitações, compõem um conjunto habitacional inserido no Centro Histórico da Vila de Ponte de Lima.
As habitação de gama alta, são especialmente direcionadas para potenciais clientes com elevado nível de exigência.
O inicio da sua construção está previsto para Novembro de 2016, com conclusão esperada para Dezembro de 2018, pelo que, quaisquer personalizações ao projeto, de acordo com as pretensões de futuros clientes é, nesta fase oportuno.
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